Resultado do Sorteio de livro: “50 Sociólogos Fundamentais”, de John Scott

John Scott: 50 Sociólogos Fundamentais

“Clássico” e “moderno” são talvez os dois rótulos mais comuns aplicados aos teóricos sociais. Os dois termos são, todavia, enganadores. Debates sobre a modernidade e modernização tornaram mais problemática a idéia de que “moderno” possa significar “contemporâneo”. Igualmente problemática é a palavra “clássico”. Em música, artes e arquitetura, os estilos clássicos têm um significado particular e podem ser comparados ao estilo “romântico” e a outros estilos. Isso nunca se deu no caso da sociologia. Embora o termo fosse usado para se referir ao status de algumas afirmações fundamentais, de que as obras “clássicas” são exemplos, hoje ele é muito mais usado simplesmente como referência cronológica: uma teoria clássica é uma teoria anterior à teoria contemporânea.

 

Por essa razão este livro foi descrito não como um livro sobre a teoria social clássica, mas como um livro que trata da teoria social fundamental. Uso o termo fundamental para me referir aos teóricos que contribuíram para a formação de um corpo distinto de teoria social e de pesquisa social no período em que a sociologia e outras ciências sociais se estabeleciam como disciplinas distintas. Esse período contém grande parte do século XIX e a primeira metade do século XX. Isso não quer dizer que todos os teóricos sociais do período concordem entre si, longe disso. O que caracteriza esse período é um interesse comum no estabelecimento das estruturas disciplinares nas quais se poderia exercer o debate teórico, e apagar as discordâncias. Os autores fundamentais definiram um conjunto de temas comuns para o qual eles contribuíram de formas diferentes
e essa foi a base de toda a teorização subseqüente. Teoria social não é a mesma coisa que “sociologia”. Mas a disciplina da sociologia, tal como surgiu no período formador, foi o foco para o desenvolvimento das formulações mais genéricas da teoria social. Mas as idéias teóricas também se desenvolveram nas ciências sociais mais especializadas – na geografia, na política, na psicologia – e um livro que trate dos principais sociólogos e que pretenda representar toda a gama da teorização social é obrigado a incluir alguns desses teóricos que não pertencem ao campo da própria
sociologia. Então, neste livro um núcleo de sociólogos se faz acompanhar de uma seleção menor de psicanalistas, cientistas políticos, antropólogos e outros que deram importantes contribuições para o debate fundamental em torno do qual surgiu a sociologia. O psicólogo Sigmund Freud, o lingüista Ferdinand de Saussure, o economista Gunnar Myrdal, os antropólogos Lewis Morgan e Bronislaw Malinowski, por exemplo, têm garantido o direito de presença em qualquer lista definitiva dos principais sociólogos.

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[Já realizado]
Não só recomendamos a leitura da obra “50 Sociólogos Fundamentais” (2015), do consagrado sociólogo John Scott, como fizemos um sorteio do livro, o que será uma cortesia da Editora Contexto em parceria com o Blog Café com Sociologia.

A obra pode ser comprada AQUI.

A vencedora do sorteio é:
 Aline Lima
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Continuem participando!

Cristiano Bodart

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.

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